sexta-feira, abril 06, 2007
quinta-feira, março 08, 2007
para ela que hoje cedo me lembrou: para quê uma linha –
e com outra eu escrevi:
procurando linhas soltas para costurar um músculo de fogo que expande aberto incompreensível incabível insubstituivelmente insano e insatisfeito sempre e sem mais porquê de ter de querer poder comer um pouco do vermelho da sua boca de fogo e de fogo também a linha solta que apaga ascende descende destrói tudo em torno em volta na volta na espera da volta que volta não volta que canta que grita o maior cântico dos cânticos dos cantos quentes dos lugares para onde os que são quentes descosturados fogem para serem [e apesar de] músculos juntos e depois um só músculo de força sem igual que incrível se abre todo inteiro ou se fecha hermético para que lá não entre qualquer ar ou sopro suspiro de morte de vir a ser o impossível que é ser impossível e portanto impossível continuo procurando essas linhas para costurar ou não costurar e cobrir e descobrir depois as frestas por onde o vento que vermelho entra e sai e come do vermelho que eu quero que entre dentro para não deixar mais que o músculo que insiste pare agora nessa hora que eu quero mais do que qualquer outra que ele bata aqui dentro e fora me entornando no aberto onde moro morro procurando
e com outra eu escrevi:
procurando linhas soltas para costurar um músculo de fogo que expande aberto incompreensível incabível insubstituivelmente insano e insatisfeito sempre e sem mais porquê de ter de querer poder comer um pouco do vermelho da sua boca de fogo e de fogo também a linha solta que apaga ascende descende destrói tudo em torno em volta na volta na espera da volta que volta não volta que canta que grita o maior cântico dos cânticos dos cantos quentes dos lugares para onde os que são quentes descosturados fogem para serem [e apesar de] músculos juntos e depois um só músculo de força sem igual que incrível se abre todo inteiro ou se fecha hermético para que lá não entre qualquer ar ou sopro suspiro de morte de vir a ser o impossível que é ser impossível e portanto impossível continuo procurando essas linhas para costurar ou não costurar e cobrir e descobrir depois as frestas por onde o vento que vermelho entra e sai e come do vermelho que eu quero que entre dentro para não deixar mais que o músculo que insiste pare agora nessa hora que eu quero mais do que qualquer outra que ele bata aqui dentro e fora me entornando no aberto onde moro morro procurando
rojo: que te quiero rojo siempre hasta que
quarta-feira, janeiro 17, 2007
segunda-feira, agosto 28, 2006
EXtranho
eu que só penso agora em viajar. não ir em direção à. onde nunca. ser sem precisar dessa água. sem pensar completo. para que tudo o que fosse, será. então que fosse lento mas breve. que fosse. para que você me dissesse só. não me dissesse assim ] me dissesse assim [
para eu nunca. eu nunca eu. para que nós [ que somos tão pouco práticos querendo & querendo que uma lacuna se torne uma outra lacuna para transportar esse vazio – que é a perda que eu ganharia se. só penso agora nesse perder-se, nessas viagens prometidas por esse mundo.
para eu nunca. eu nunca eu. para que nós [ que somos tão pouco práticos querendo & querendo que uma lacuna se torne uma outra lacuna para transportar esse vazio – que é a perda que eu ganharia se. só penso agora nesse perder-se, nessas viagens prometidas por esse mundo.
sábado, julho 15, 2006
ppsssssssss
um mar aberto
_____________mar adentro
eu sempre /por enquanto/ morro ali mesmo
algures
_________________________ [at home] ou
terça-feira, junho 27, 2006
sábado, março 04, 2006
inacabado
o corpo, uma ilha no corpo do copo. o corpo, uma ilha habitada pelo próprio corpo afogado no copo. afogada a ilha
____quase
sexta-feira, fevereiro 17, 2006
love history 1 / cuando calienta el sol
um amor de verão
profético -
desde o início
cão que ladra entre
as barracas
do acampamento -
na praia
urubu que devora
mar
quarta-feira, janeiro 18, 2006
então eu deito o meu grito
dentro da
curvatura rosa que é
entre uma perna e outra
perna
superfície / eu quero
é a superfície.
segunda-feira, dezembro 05, 2005
vestindo luvas para comer os erros. luvas para todas as questões de pele. é tudo uma questão de, afinal. vestindo-se num gesto de deboche. ou até ser romântico. sem roupas. ¡ay! o tal músculo contrai / virado / dado ao deus-dará [quem dará?] / dizem: dar agora e em qualquer lugar. e dizem mais: luvas para todas as questões de pele e vida e morte e cama e copo e osso. luva - luva como se a própria luva fosse o limite entre a água o sal a pele e a pele.
quinta-feira, dezembro 01, 2005
[se linha molhasse. ah, se linha molhasse__________]
se eu fosse chover agora / se eu fosse chorar agora, seriam fios, honey
linha de costura se / se sabe como:
molha meu olho seco
de cada lado molha uma cor /molha--------------------------- vermelho e branco. e adivinha, adivinha o lado esquerdo:
(linha não pinga, MAS linha escorre)
então molha meu olho até [
quarta-feira, novembro 09, 2005
[náusea de vinho]
assim: [ argh ] todo ele me redime. não, ele não me redime com sua força de fuga / ele es-ca-pa; não escapa. fica preso na taça / vermelho; vai chorar lá no estômago. e que cansaço dá não parar nunca de rodar de pés descalços no piso do banheiro, eu piso na poça de estômago e o teto me censura. de cima o teto respingando as formas, o teto molhado de prazer e mesmo assim me censura / reprimido; no formato de parede, enquadrado. podia ser chão o teto / eu piso nele / esse teto podia ser lado. mas a superfície lisa branca intacta não se deixa corromper nunca. e o líquido todo ele me redime, me lambe a língua, o céu da boca, o esôfago, acaricia e seca lá. seca? me auto-resgato, então. me auto-resgato com culpa sem culpa com culpa. não me auto-resgato. eu morro encostada no espelho / parede esquerda / (cor de) coração.
terça-feira, outubro 25, 2005
[eroticamente (escandindo as sílabas)]
VEIO AQUI PRA ME FAZER DE REFÉM, NÃO FOI?
pois prefiro o tapa à letra que forma
(-------------------------- ) palavra
(-------------------------- ) frase que pensa
pensa:
sábado, outubro 22, 2005
vem desliza entorta as costas na mesa em cima / separa os braços vem e deita no meu amor / deita e rola / e cobre os seus pés transparentes com linha / cobre com as linhas atrapalhadas, jogadas – do lado esquerdo da máquina de costura – faz mesmo um nó e não desdá / desentorta agora o lado do corpo pra fora e vem aqui pra eu te ________________________
sábado, outubro 01, 2005
[coisas de olho quebrado]
faço o mesmo caminho
sem mais
nem sol
o mesmo:
do estômago à boca,
à boca do estômago
sem falar
no que vejo e
despejo
no chão
com o olhar.
quarta-feira, setembro 28, 2005
vou te matar [e te mato]. com uma agulha em cada unha, embaixo de cada unha vou declarar, vou declarar, vou t-e declarar ------------- es lo siguiente, mi corazón: esse lago azul e a água desmisturada e a margem, as margens opostas desse lago incompleto entre um corpo e outro e a cada sensação: esse amor-de-corpo ______quebrado______sensorial -- (é) como se me faltassem as pernas desde que. esse meu corpo triste e o seu carro estacionado no quarteirão do meio. uma vela pingando nas costas, no círculo mal-escrito dum tapa até que nunca mais ou mais pulse esse impulso descompassado de pulsar.