sexta-feira, abril 06, 2007

agora alguma coisa aqui
http://www.praondevaioque.blogspot.com

quinta-feira, março 08, 2007

para ela que hoje cedo me lembrou: para quê uma linha

e com outra eu escrevi:

procurando linhas soltas para costurar um músculo de fogo que expande aberto incompreensível incabível insubstituivelmente insano e insatisfeito sempre e sem mais porquê de ter de querer poder comer um pouco do vermelho da sua boca de fogo e de fogo também a linha solta que apaga ascende descende destrói tudo em torno em volta na volta na espera da volta que volta não volta que canta que grita o maior cântico dos cânticos dos cantos quentes dos lugares para onde os que são quentes descosturados fogem para serem [e apesar de] músculos juntos e depois um só músculo de força sem igual que incrível se abre todo inteiro ou se fecha hermético para que lá não entre qualquer ar ou sopro suspiro de morte de vir a ser o impossível que é ser impossível e portanto impossível continuo procurando essas linhas para costurar ou não costurar e cobrir e descobrir depois as frestas por onde o vento que vermelho entra e sai e come do vermelho que eu quero que entre dentro para não deixar mais que o músculo que insiste pare agora nessa hora que eu quero mais do que qualquer outra que ele bata aqui dentro e fora me entornando no aberto onde moro morro procurando

rojo: que te quiero rojo siempre hasta que

quarta-feira, janeiro 17, 2007

um pouco do deserto

ou como ela disse:
o pelo avesso do mar

segunda-feira, agosto 28, 2006

EXtranho

eu que só penso agora em viajar. não ir em direção à. onde nunca. ser sem precisar dessa água. sem pensar completo. para que tudo o que fosse, será. então que fosse lento mas breve. que fosse. para que você me dissesse só. não me dissesse assim ] me dissesse assim [

para eu nunca. eu nunca eu. para que nós [ que somos tão pouco práticos querendo & querendo que uma lacuna se torne uma outra lacuna para transportar esse vazio – que é a perda que eu ganharia se. só penso agora nesse perder-se, nessas viagens prometidas por esse mundo.

sábado, julho 15, 2006

ppsssssssss

um mar aberto
_____________mar adentro

eu sempre /por enquanto/ morro ali mesmo
algures
_________________________ [at home] ou

terça-feira, junho 27, 2006

------------------------------------------ visceral

Ismael Nery

sábado, março 04, 2006

inacabado

o corpo, uma ilha no corpo do copo. o corpo, uma ilha habitada pelo próprio corpo afogado no copo. afogada a ilha
____quase

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

love history 1 / cuando calienta el sol

um amor de verão
profético -
desde o início

cão que ladra entre
as barracas
do acampamento -
na praia

urubu que devora
mar

quarta-feira, janeiro 18, 2006

então eu deito o meu grito
dentro da
curvatura rosa que é
entre uma perna e outra
perna

superfície / eu quero

é a superfície.

segunda-feira, dezembro 05, 2005

vestindo luvas para comer os erros. luvas para todas as questões de pele. é tudo uma questão de, afinal. vestindo-se num gesto de deboche. ou até ser romântico. sem roupas. ¡ay! o tal músculo contrai / virado / dado ao deus-dará [quem dará?] / dizem: dar agora e em qualquer lugar. e dizem mais: luvas para todas as questões de pele e vida e morte e cama e copo e osso. luva - luva como se a própria luva fosse o limite entre a água o sal a pele e a pele.

i.n.j.u.r.y ------


quinta-feira, dezembro 01, 2005

[se linha molhasse. ah, se linha molhasse__________]

se eu fosse chover agora / se eu fosse chorar agora, seriam fios, honey
linha de costura se / se sabe como:

molha meu olho seco

de cada lado molha uma cor /molha--------------------------- vermelho e branco. e adivinha, adivinha o lado esquerdo:

(linha não pinga, MAS linha escorre)

então molha meu olho até [

quarta-feira, novembro 09, 2005

[náusea de vinho]

assim: [ argh ] todo ele me redime. não, ele não me redime com sua força de fuga / ele es-ca-pa; não escapa. fica preso na taça / vermelho; vai chorar lá no estômago. e que cansaço dá não parar nunca de rodar de pés descalços no piso do banheiro, eu piso na poça de estômago e o teto me censura. de cima o teto respingando as formas, o teto molhado de prazer e mesmo assim me censura / reprimido; no formato de parede, enquadrado. podia ser chão o teto / eu piso nele / esse teto podia ser lado. mas a superfície lisa branca intacta não se deixa corromper nunca. e o líquido todo ele me redime, me lambe a língua, o céu da boca, o esôfago, acaricia e seca lá. seca? me auto-resgato, então. me auto-resgato com culpa sem culpa com culpa. não me auto-resgato. eu morro encostada no espelho / parede esquerda / (cor de) coração.

terça-feira, outubro 25, 2005

[eroticamente (escandindo as sílabas)]

VEIO AQUI PRA ME FAZER DE REFÉM, NÃO FOI?

pois prefiro o tapa à letra que forma
(-------------------------- ) palavra
(-------------------------- ) frase que pensa

pensa:

[texto inacabado]

sábado, outubro 22, 2005

vem desliza entorta as costas na mesa em cima / separa os braços vem e deita no meu amor / deita e rola / e cobre os seus pés transparentes com linha / cobre com as linhas atrapalhadas, jogadas – do lado esquerdo da máquina de costura – faz mesmo um nó e não desdá / desentorta agora o lado do corpo pra fora e vem aqui pra eu te ________________________

sábado, outubro 01, 2005

[coisas de olho quebrado]

faço o mesmo caminho
sem mais
nem sol

o mesmo:
do estômago à boca,
à boca do estômago

sem falar
no que vejo e
despejo
no chão
com o olhar.

quarta-feira, setembro 28, 2005

vou te matar [e te mato]. com uma agulha em cada unha, embaixo de cada unha vou declarar, vou declarar, vou t-e declarar ------------- es lo siguiente, mi corazón: esse lago azul e a água desmisturada e a margem, as margens opostas desse lago incompleto entre um corpo e outro e a cada sensação: esse amor-de-corpo ______quebrado______sensorial -- (é) como se me faltassem as pernas desde que. esse meu corpo triste e o seu carro estacionado no quarteirão do meio. uma vela pingando nas costas, no círculo mal-escrito dum tapa até que nunca mais ou mais pulse esse impulso descompassado de pulsar.